A síndrome do pânico é um distúrbio psicológico, sendo um tipo de transtorno de ansiedade que leva uma pessoa a ter crises inesperadas de desespero, medo intenso de que algo ruim aconteça, angustia e terror, mesmo que não haja motivo algum para isso.

   Além disso, as crises são seguidas de preocupação com a possibilidade de ter novos ataques de pânico e com as consequências desses ataques, causando profundas mudanças no indivíduo, à pessoa passa a ter medo das coisas mais simples, como sair de casa, seja por medo de perder o controle, enlouquecer ou ter um ataque no coração.

Causas:

   Alguns estudos indicam que a resposta natural do corpo a situações de perigo esteja diretamente envolvida nas crises de pânico. Apesar disso, ainda não está claro por que esses ataques acontecem em situações nas quais não há qualquer evidência de perigo iminente.

   A síndrome do pânico pode ser desencadeada por alguns fatores considerados de risco, como:

·Genética;

·Histórico de abuso sexual durante a infância;

·Situações de estresse extremo;

·Adoecimento ou morte de uma pessoa próxima;

·Ter passado por alguma experiência traumática, como um assalto, sequestro ou acidente.

Principais sintomas da Síndrome do pânico:

   Apesar de ser uma doença psicológica, o pânico provoca sintomas físicos. São crises muito intensas, geralmente caracterizadas pelos seguintes sintomas:

·Medo da morte ou de uma tragédia

·Dormência e formigamento nas mãos, nos pés ou no rosto

·Palpitações e taquicardia

·Sudorese

·Tremores

·Fraqueza nas pernas

·Falta de ar e sufocamento

·Ondas de calor e frio

·Náusea

·Dores abdominais

·Dores no peito e desconforto

·Pressão na cabeça

·Tontura

·Desmaio

·Dificuldade para engolir

   Uma complicação frequente é o medo do medo, ou seja, o medo de ter outro ataque de pânico. Esse medo pode ser tão grande que a pessoa, muitas vezes, evitará ao máximo situações em que essas crises poderão ocorrer novamente.

Tratamento:

   O principal objetivo do tratamento da síndrome do pânico é reduzir o número de crises, assim como sua intensidade e recuperação mais rápida. As duas principais formas de tratamento para esse transtorno é por meio de psicoterapia e medicamentos.

   A psicoterapia é geralmente a primeira opção para o tratamento. Ela ajudará o paciente a entender a causa das crises, a como lidar com elas no momento em que acontecerem e como ter uma vida cotidiana normal sem medo de ter um novo ataque.

A função dos medicamentos é ajudar a diminuir a ocorrência das crises. Os sintomas devem reduzir progressivamente em algumas semanas. Se não melhorarem, não suspensa à medicação sem antes consultar seu médico.

Giovanna Zanetti Mussarelli

Psicóloga (CRP 06/118223)